terça-feira, 3 de junho de 2008

Repouso

Foto de Edu Campos. Que traz seu lugar em seu nome.

O tempo, o espaço e toda a metafísica, o vento, o gorjear dos pássaros, o suspirar do mato, a obra das formigas. Tudo está contido na parada do boi. Olha lá dentro e vê que a tristeza é só o largo de tudo em ruminar sem movimento. Assim quase sem foco, pesada criatura se mistura em tudo e só ali. Moscas sem por que, tontas de si, param: ir? Fazer? Agir? O boi abarca tudo em sua forma parada entre um instante e outro no eterno aberto entre as contingências. Paro. As coisas me olham e olham por mim.

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