"Para veres o mundo em um grão de areia
E o céu em uma flor silvestre,
Segura a imensidão na palma da tua mão
E a eternidade em uma hora". William Blake.
"Toda Arte é fotografia." W. Benjamin
"Para veres o mundo em um grão de areia
E o céu em uma flor silvestre,
Segura a imensidão na palma da tua mão
E a eternidade em uma hora". William Blake.
Oferece a outra face, a fenda estreita, o aperto.
Moça humana da boca do reto diz segredos curvos.
Seu corpo manchado de luz e o escuro do meu cunho.
A porta dos fundos, a porta dos serviçais.
Seu olho mais profundo me observa, me devassa.
Seu esfíncter me separa de minha própria sombra.
O escroto medo pesa em meu barco
Em frente ao beco do tesouro fétido.
Eternamente entregue ao sacrifício,
No entanto, ninguém ao orifício,
Estará você para sempre proibida de se martirizar.
"Vai, vai, vai, disse a ave: o gênero humano não pode suportar muita realidade". T. S. Eliot: Quatro Quartetos.
Reconstruir Teu corpo,
Devolver-Te o dissolvido,
O volátil, o imponderável,
O informe.
Informar-Te de forças.
Não mais um corpo
A cada dia, tantos espelhos.
Paramentar-Te com olhos.
Entre tantas, dar-Te a mão.
Separar-Te.
Abrir-Te os poros, os pontos.
Montar Teus ossos,
Teu quebra-cabeça.
Colar Teus cacos,
Untar Tuas peças.
Ente Tuas pernas,
Pulsos,
Respirar-Te.
Soprar-Te o peito.
Beijar-Te a boca.
Inconcluir-Te.