quinta-feira, 22 de maio de 2008

Estreito caminho da sombra

Foto de Mathew Scherfenberg

Envolta em mar de mênstruo a mostra do seu cinema

Oferece a outra face, a fenda estreita, o aperto.

Moça humana da boca do reto diz segredos curvos.

Seu corpo manchado de luz e o escuro do meu cunho.

A porta dos fundos, a porta dos serviçais.

Seu olho mais profundo me observa, me devassa.

Seu esfíncter me separa de minha própria sombra.

O escroto medo pesa em meu barco

Em frente ao beco do tesouro fétido.

Eternamente entregue ao sacrifício,

No entanto, ninguém ao orifício,

Estará você para sempre proibida de se martirizar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olhos lêem sentimentos
Que a alma procura ocultar.
E materializam na escrita,
A mistura da dor e da alegria.
Pulsar

Beleza singular
Entre a luz e a sombra,
A razão e o desejo,
O conter e o ceder,
O partir e o ficar.
Eternizar

O momento da lembrança
Sempre vivo na memória.
Reacende a cada instante,
Promessas distantes.
Navegar

Caminho livre para o infinito,
Horizonte à vista observar.
Conter a dúvida,
Espantar o medo,
Seguir em frente,
Amar.